Oficina com Marcela Levi
Partindo do treinamento físico estruturado pelo diretor de teatro
Polonês Jerzy Grotowski trabalharemos prático-teoricamente questões relacionadas à presença do
performer, através de algumas premissas. São elas: A diminuição do lapso de tempo
entre o impulso gerado pela imaginação e seu resultado em ação; a construção de
um corpo que age em relação, ou melhor, reage e a (re)descoberta da organicidade
de cada corpo. Este trabalho se dá de forma coletiva, isto é, todos habitam
concomitantemente o espaço, através de uma partitura de ações: caminhadas, corridas,
exercícios de salto, força, equilíbrio e alongamento; colocando em jogo as seguintes
questões: Como observar o outro e a si mesmo ao mesmo tempo? Como povoar, dar
corpo-presente ao movimento?
Dia 11 de dezembro de 2012
Horário: 09:00 às 13hs
Local: Sala de Dança da FEF
Vagas: 15
Valor: gratuita
Valor: gratuita
Biografia
Marcela Levi (1973, Rio de Janeiro) é performer e coreógrafa. Formou-se pela Escola de Dança Angel Vianna (Rio de Janeiro); foi artista residente no centro de arte Les Recollets (França), no Programa Artistas en Residencia - Casa Encendida / Aula de Danza (Espanha) e com a artista visual Laura Erber, recebeu a bolsa Batiscafo (Cuba). Desde 2002 vem desenvolvendo projetos que se situam na fronteira entre a dança contemporânea e as artes visuais promovendo uma escrita coreográfica voltada para narrativas e corpos não lineares. Através de seus trabalhos, Levi procura ativar corpos-situações desviantes. Seus projetos: Imagem (2002), Massa de sentidos (incluído como um dos dez melhores trabalhos em dança de 2004 na lista do jornal O Globo), In-organic (Prêmio Klauss Vianna 2007, Programa Rumos Dança Itau Cultural, incluído pela organização inglesa Artsadmin no “The top 40 illustrated guide to 2008”, citado 3 vezes no yearbook de 2008 da revista alemã Ballettanz e incluído como um dos dez melhores trabalhos em dança de 2007 na lista do Jornal do Brasil) e Em redor do buraco tudo é beira (contemplado pela Funarte no Programa de Bolsas de Estímulo à Criação Artística 2008, incluído entre os destaques da dança em 2009 pela crítica especializada do jornal O Globo e contemplado com o Prêmio Reconhecimento ZKB / Zürcher Theater Spektakel, Zurique 2010 e com o Prêmio PROCULTURA) tem sido apresentados em vários festivais e centros de arte no Brasil, Europa e América Latina como: Impulstanz Festival (Viena), Les inaccoutumés – Ménagerie de Verre (Paris), In Transit (Berlim), In Presentables (Madrid), Rencontres Choregraphiques de Seine-Saint-Denis (Paris), Kunsten Festival des Arts (Bruxelas), Nottdance (Nottingham), Arnolfini (Bristol), Teatro Solís (Uruguai), Festical COCOA (Buenos Aires), Festival Panorama da Dança, Bienal Internacional de Dança do Ceará, entre muitos outros. Paralelamente, Levi colabora com os artistas Lia Rodrigues, Vera Mantero, Guillermo Gomez-Peña, Lucía Russo, Dani Lima, Claudia Garcia e Manuel Vason, entre outros. Seu trabalho mais recente “Natureza Monstruosa” foi contemplado pelo FADA – Fomento à Dança, Secretaria Municipal de Cultura, 2011. Projetos 2012: Circulação Norte e Nordeste do Brasil com “Em redor do buraco tudo é beira”(Procultura – circulação); orientadora da pesquisa coreográfica “45, 33, 78” (contemplado com o edital de apoio à Pesquisa e Criação Artística, SEC RJ); artista convidada no programa Rio Art Occupation London, na London Cultural Olympiad, em Londres, promovido pela SEC RJ; artista residente no espaço cultural Azala, Espanha, setembro de 2012 e no Laboratório de Criatividade Urbana ON.OFF, Guimarães (Portugal) 2012 - Capital Européia da Cultura, outubro de 2012). www.marcelalevi.com
Oficina com Luciana Lyra
A
MITODOLOGIA EM ARTES CÊNICAS, conceito elaborado pela atriz, performer,
diretora e dramaturga Luciana Lyra em suas pesquisas de mestrado e
doutorado em Artes Cênicas (UNICAMP-SP), traduz-se por um complexo de
procedimentos para criação cênica, utilizando como aportes aspectos
da Antropologia da Experiência, estudada pelo antropólogo Victor Turner e
da Antropologia do Imaginário, do francês Gilbert Durand.
A Mitodologia em Artes Cênicas procura dar vazão a um Teatro das
profundidades, imarginal, no ‘fundo’ e no ‘entre’, contrapondo-se a um
teatro de superfície e atingindo camadas mais profundas da psique pessoal e
coletiva, na percepção inequívoca das margens sociais. A partir do trânsito
entre o eu e a alteridade, a Mitodologia em Artes Cênicas lida com forças
pessoais que movem o atuante na relação consigo mesmo e com o outro, num
processo contínuo de retroalimentação. A proposição mitodológica traduz-se por
um caminho que o artista procura entrever no sentido de aperfeiçoar o
pluralismo das imagens colhidas nas suas experiências pessoais em contínuo
atrito, uma f(r)icção, onde o modelado, o ficcional é, concomitantemente, o
real.
Objetivo
Compartilhar
experimentos de cunho mítico/ritualístico, que se configuram como procedimentos
da Mitodologia em Artes cênicas, criada por Luciana Lyra.
Metodologia
-Experimentos
de procedimentos da Mitodologia
-Produção
de cenas relacionadas a leitmotiv pré-definido.
Público-Alvo
Atores,
estudantes de teatro e artistas em geral.
Dia 07 de dezembro de
2012
Horário: 09:00 às 13hs
Local: Sala de Dança da FEF
Vagas: 25
Valor: R$ 20,00
Oficina com Isabela Preto
Oficina de Escrita Criativa: criando sentido entre o silêncio e o ruído
No intuito de
refletir sobre a distância que há entre leitores/escritores e a poesia,
optar-se-á por uma abordagem da Escrita Criativa como um conjunto de meios e
variantes que sirva de auxílio para uma livre expressão poética. Deste modo,
pretende-se com esta oficina encorajar a escrita e a leitura de poesia, assim
como, desenvolver a capacidade crítica sobre a própria produção e expressão
poética.
A oficina tem por
metodologia o experimentalismo, com vários exercícios de escrita que levantam
questionamentos acerca da inspiração durante o processo criativo e das
convenções tradicionais para a produção do sentido. Partindo sempre de
estímulos externos e materiais escolhidos para cada sessão, busca-se o encontro
com uma fórmula pessoal que está sempre e já em constante transformação.
Finalmente,
acredita-se na importância da (re)descoberta do prazer e beleza nas minúcias do
quotidiano. Valendo-se do desenvolvimento e cultivo de uma escuta pessoal, que
aliada a uma forma pode ser capaz de expandir as possibilidades de reformulação
do sentido que damos às coisas; que são muitas vezes marcadas pela opacidade de
ritmos, por uma lógica capilar geradora de uma relação automatizada com a vida.
Assim, pensando que
qualquer coisa pode servir à expressão poética, basta termos uma superfície
cheia de silêncio e olharmos com os ouvidos atentos ao nosso redor, para que
aconteça aquilo que pode ser chamado de uma “tradução do invisível”.
Classificação: Acima de 16 anos.
Material: Levar caneta ou lápis.
Dia 10 de dezembro de 2012 Horário: 09:00 às 12hs
Local: EMAC UFG
Vagas: 20
Valor: R$ 10,00
Sobre a orientadora:
Isabela Preto Junqueira é graduanda em Artes Cênicas
pela Universidade Federal de Goiás. Contemplada com bolsa de intercâmbio para
integrar o Programa de Licenciaturas Internacionais, na Universidade de Coimbra,
em Portugal, tendo cursado Estudos Artísticos (2010/2011 a 2011/2012). Em
Coimbra, integrou a PATH – Plataforma Anti-Homofobia e Transfobia. No Brasil,
participou do grupo interdisciplinar de pesquisa e extensão da Universidade
Fdereal de Goiás Solos de Baco
(Cultura, Corpo e Interações Artísticas: música, dança, teatro e performance)
(2009/2010). Assim como, participou do projeto de extensão em Comunicação e
Meio Ambiente Pézinho de Jatobá da
Universidade Federal de Goiás (2009/2010).
Contato: junqueira_isa@hotmail.com
(62)
8190 8094; (62) 9682 7763